Adolescente de 13 anos que consumiu ovo de páscoa envenenado, morre em Imperatriz


A adolescente Evely Fernanda Rocha Silva, de 13 anos, faleceu ao meio-dia desta terça-feira (22), no Hospital Municipal de Imperatriz, no Maranhão. Ela estava internada desde a noite do dia 16 de abril, após consumir um ovo de Páscoa supostamente envenenado, episódio que também afetou sua mãe e seu irmão mais novo.

A confirmação do óbito foi feita por meio de nota oficial divulgada pela direção do hospital. Segundo a unidade, Evely morreu em decorrência de um choque vascular refratário, associado à falência múltipla de órgãos. “A equipe médica adotou todas as medidas terapêuticas cabíveis, seguindo os protocolos estabelecidos, mas infelizmente o quadro clínico apresentou grave e rápida deterioração, sem resposta ao tratamento”, informou o hospital.

A tragédia começou na noite de 16 de abril, quando a família recebeu um ovo de Páscoa com um bilhete dedicado à mãe das crianças, Mirian Lira. O chocolate foi consumido por Mirian e seus dois filhos: Evely, de 13 anos, e Luís Fernando Rocha Silva, de apenas 7 anos.

No dia seguinte, Luís Fernando passou mal e não resistiu, tornando-se a primeira vítima fatal do caso. Evely e Mirian foram internadas em estado grave. Evely permaneceu sob cuidados intensivos por quase uma semana, mas não resistiu às complicações.

Mirian, por sua vez, foi entubada na UTI, mas apresentou melhora progressiva. Ela foi extubada no domingo (20) e, segundo boletim médico desta terça (22), está em estado estável e responde bem ao tratamento. A expectativa é que ela receba alta médica nas próximas 72 horas. No entanto, a recuperação emocional será mais longa: ainda no hospital, ela foi informada da morte do filho Luís Fernando e do estado grave da filha Evely. Ao receber a notícia, passou mal e foi amparada por uma equipe multidisciplinar, com suporte psicológico.

A principal suspeita do crime é Jordélia Pereira Barbosa, de 35 anos, presa no domingo (20) e transferida para a Unidade Prisional de Ressocialização Feminina de São Luís (UPFEM), onde ficará à disposição da Justiça. Segundo a Polícia Civil do Maranhão, Jordélia teria agido por ciúmes e vingança, motivada pelo fato de que o ex-marido está atualmente se relacionando com Mirian Lira.

De acordo com o secretário de Segurança Pública do Maranhão, Maurício Martins, “os indícios levam a crer que o crime foi motivado por vingança, por ciúme, tendo em vista que o ex-marido da autora é o atual companheiro da vítima, que foi envenenada juntamente com seus dois filhos”.

Durante depoimento prestado na Delegacia Regional de Santa Inês, Jordélia admitiu ter comprado o ovo de Páscoa, mas negou ter colocado qualquer veneno. No entanto, a polícia afirma haver indícios suficientes que apontam sua participação no crime.

As autoridades analisaram imagens de câmeras de segurança, comprovantes de compra, depoimentos de familiares e conhecidos para montar o quebra-cabeça que levou até Jordélia. Ao ser presa, ela portava duas perucas, restos de chocolate em bolsas térmicas e um bilhete de ônibus — itens que foram anexados ao inquérito policial como evidências de sua participação.

 “Com o que já colhemos até agora, temos elementos suficientes para apontar a autoria para essa pessoa que foi presa. Agora a gente vai esclarecer os detalhes — que veneno foi esse, o tipo — isso a perícia vai apontar, para que possamos robustecer a nossa investigação e apresentá-la ao Judiciário.”

Amostras dos ovos de Páscoa foram coletadas e encaminhadas para análise no Instituto de Criminalística. O laudo toxicológico deve ser concluído em até 10 dias. Também foi solicitada a análise do sangue das vítimas e dos produtos apreendidos com Jordélia, a fim de identificar com precisão o tipo de substância utilizada.
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